terça-feira, 16 de março de 2010

Resistências

As resistências em ferro fundido estão normalmente colocadas no tejadilho do Carro Eléctrico por cima do posto do guarda-freio, para que o arrefecimento seja facilitado pela ventilação natural. Servem para regular a tensão que queremos aplicar ao motor, de modo a permitir os arranques suaves e variar o andamento da viatura.

Quando o guarda-freio inicia a marcha deverá fazê-lo com o máximo de resistências em serviço para que a corrente que chega aos motores seja pequena. À medida que o carro vai embalando, o guarda-freio vai retirando resistências, ligando mais pontos, até que os motores ligados em série recebam a corrente sem que esta atravesse qualquer resistência.

Nesta altura cada motor está, sujeito a metade da tensão da rede. O guarda-freio continuando a manobrar o cilindro regulador, liga os motores em paralelo pelo que cada um fica sujeito conjuntamente, com as resistências que ao mesmo tempo voltam a ser ligadas, à tensão total de rede.

Nesta marcha de paralelo o guarda-freio manobrando o cilindro retira as resistências até que, finalmente, os dois motores ficam sujeitos à tensão de rede sem qualquer resistência introduzida e atingindo assim a velocidade máxima.

Ao manter as resistências durante muito tempo em serviço, estas tendem a aquecer em demasia, podendo queimar-se ou dilatar-se, entrando em curto-circuito, devendo o guarda-freio procurar regular a marcha no último ponto série ou no último ponto de paralelo. Manobrando o cilindro em sentido contrário estas operações repetem-se por ordem inversa.

domingo, 7 de março de 2010

Combinador ou controller




O combinador encontra-se na parte mais avançada de cada plataforma, manobrada pelo guarda-freio por meio de manivelas ou alavancas. As funções por intermédio da alavanca esquerda são as de iniciar, regular e aplicar freio eléctrico. A alavanca direita permite inverter o sentido de marcha e isolar os motores.




Os combinadores são constituídos por:

- Cilindros móveis - Guarda-fogo

- Contactos - Bobines de suflagem

- Segmentos - Cabos condutores

- Palhetas - Colunas fixas

Os cilindros móveis são accionados pelas manivelas e alavancas situadas na parte superior do combinador, que ao moverem-se estabelecem ou desfazem contactos entre segmentos e palhetas combinando diferentes ligações. Os guarda-fogos servem para estabelecer os limites do arco de fogo que é produzido quando as palhetas se afastam dos segmentos ao desfazer as ligações. As bobines de suflagem servem para diminuir esse arco, por efeito de uma corrente a que dão origem.

Ao iniciar a marcha, actuando na manivela do combinador, a corrente passa através das resistências para um e outro motor, estando neste caso os motores a trabalhar em série.

Continuando a manobrar a manivela, as resistências estão a ser retiradas do circuito do motor até que no último ponto de série a corrente vai directamente aos motores.

Continuando a manobrar o combinador, cada um dos motores passa a receber corrente separadamente da linha. Neste caso, os motores passam a trabalhar em paralelo. A corrente passa através das resistências que são retiradas à medida que o combinador é manobrado até que no último ponto de paralelo os motores estão sujeitos aos 550 volts da tensão da rede.

Existem vários tipos diferentes de combinadores:

- B.T.H.

- G.E. 270

- SIEMENS

- KIEP

O combinador mais usado B54 E (G.E. 270) tem três cilindros: cilindro de marcha, cilindro inversor e cilindro isolador, assim como quatro pontos de marcha em série, três em paralelo e sete de freio, sendo este o combinador que equipa quase a totalidade dos Carros Eléctricos em parque.